Depoimento do Padre Manuel Rocha


Referindo-se à entrevista de 15 de Julho de 1946 entre o Professor William Thomas Walsh e a Irmã Lúcia (cf. "A declaração da Irmã Lúcia ao Professor Walsh"), Louis Kaczmarek escreveu o seguinte no seu livro The Wonders She Performs, publicado em 1986:

Quando o Padre Manuel Rocha, o intérprete escolhido para o Sr. William Thomas Walsh, autor de talvez o livro mais popular sobre Fátima, era pároco da igreja de Nossa Senhora de Fátima em Ludlow, Massachusetts, passei algum tempo com ele. O Padre Rocha disse-me que uma das perguntas que o Sr. Walsh lhe pediu para traduzir para a Irmã Lúcia – que na altura ainda era a Irmã Maria das Dores, religiosa doroteia em Vilar, perto do Porto, Portugal – durante uma entrevista de três horas, na tarde de 15 de Julho de 1946, foi: ‘Na sua opinião, todos os países, sem excepção, serão dominados pelo Comunismo?’ Fixando-o com os seus olhos castanhos, com uma ‘covinha em cada face,’ respondeu que ‘sim.’ O Padre Rocha disse-me que o Sr. Walsh queria ter a certeza da resposta, e por isso repetiu a pergunta, acrescentando: ‘e quer isso dizer, os Estados Unidos da América também?’ A Irmã Lúcia respondeu: ‘Sim.’

A Irmã Lúcia continuou: ‘O que Nossa Senhora quer é que o Papa e todos os Bispos do mundo consagrem a Rússia ao Seu Imaculado Coração num dia especial. Se isto se fizer, Ela converterá a Rússia e teremos paz. Se não se fizer, os erros da Rússia espalhar-se-ão por todos os países do mundo.’

O Padre Rocha, tal como o Sr. Walsh, achava que a consagração não tinha sido feita, porque os desejos de Nossa Senhora não tinham sido cumpridos.

Esta entrevista demonstra novamente que a Irmã Lúcia afirmou consistentemente o que era preciso para a Consagração da Rússia ser feita de acordo com os desejos de Nossa Senhora: o Papa, juntamente com os Bispos de todo o mundo, deve consagrar especificamente a Rússia ao Imaculado Coração de Maria de forma solene e pública. Até isto ser feito, os erros da Rússia continuarão a espalhar-se pelo mundo, e o mundo será castigado, como Nossa Senhora avisou em Fátima em 1917.


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